A linguagem corporal é uma forma de expressão tão usada quanto as palavras, sendo muitas vezes tão forte quanto elas. Gestos, olhares, expressões, posturas: tudo isso comunica ao outro, agindo em conjunto com as palavras; assim, mesmo que você disfarce o que está querendo dizer em suas palavras, dificilmente conseguirá disfarçar os sinais do corpo.
Por conta disso, a linguagem corporal é um elemento bastante analisado por autoridades policiais para saber se um suspeito está mentindo ou não em um depoimento, por exemplo. Ficou curioso e deseja entender melhor sobre o tema? Então, vem com a gente!
Linguagem corporal: qual o conceito?
A linguagem corporal, também chamada de não verbal, é uma forma de comunicação usada pelo nosso corpo, relacionada à maneira como ele se expressa, por isso que, quando uma pessoa encontra um endereço daquela distribuidora de peças para panela de pressão que tanto desejava, ela parece mais feliz e relaxada.
Ela consiste em um conjunto de gestos, expressões faciais, olhares, posturas, movimentos conscientes e inconscientes, movimentos sutis e explícitos, os quais passam informações importantes através de um diálogo sem palavras.
Cada manifestação tem um sentido próprio e específico dentro do contexto da comunicação, indo desde uma troca de olhares mais longa até um tremor constante das mãos e/ou pernas de quem está na conversa. Porém, os sinais da linguagem corporal são subjetivos, e por isso nem sempre são interpretados de acordo, muitas vezes passando despercebidos.
Tanto quem emite quanto quem os recebe está sujeito a isso, já que a linguagem corporal na maioria das vezes ocorre a partir de impulsos inconscientes ou de estímulos praticamente ocultos. Isso é tão imprescindível para os profissionais do ramo saberem, quanto uma caldeiraria e montagem industrial são para marcas de tubulações, por exemplo.
A Linguagem Corporal e a Psicologia
Sendo uma ciência que visa entender o comportamento humano, a psicologia se dedica muito a estudar a linguagem corporal, ao entender que mesmo atos que aparentemente são inconscientes tem uma razão de ser e acontecer.
Por isso, quando alguém ganha um novo modelo de lixadeira girafa que tanto queria, sua fisionomia muda para melhor. De acordo com Joe Navarro, do livro O que todo o corpo fala, os sinais da comunicação não-verbal estão ligados ao nosso sistema límbico, uma parte do cérebro ligada às respostas emocionais.
Esta parte funciona como um cofre de memórias, que guarda lembranças e experiências do passado. Assim, quando somos submetidos a uma situação em que temos algum registro anterior, a tendência é que o comportamento seja repetido.
Em seu livro, Navarro compara situações extremas para que o entendimento da linguagem corporal fique mais evidente sob o viés da psicologia. Por exemplo: um dia de folga em uma rede, e uma tarde de contratempos, com um voo atrasado e uma longa espera no aeroporto.
No dia de folga, o cérebro “vaza” sentimentos de conforto e bem-estar, trazendo uma sensação de relaxamento, com os membros do corpo soltos e as expressões faciais suaves; já numa situação de estresse no aeroporto, as expressões faciais ficam mais pesadas, assim como a postura corporal fica mais rígida.
Em outras palavras, o princípio básico para começar a entender a linguagem corporal é entender seu sistema límbico; entender como ele está e como ele funciona são ações fundamentais.
A Linguagem Corporal e sua importância
Além da sua função de guardar lembranças, assim como ocorre quando recebemos um envelope awb com algo dentro, o sistema límbico do cérebro também tem a função de tentar garantir as emoções mais primitivas, como sua segurança e seu instinto de sobrevivência, por exemplo.
Assim, sempre que você estiver em uma situação de desconforto, seu cérebro envia estímulos para expressar o que Navarro se refere como “comportamentos pacificadores”: trata-se de uma série de respostas para tentar restabelecer a normalidade, devolvendo a pessoa para uma situação de aparente controle.
Por isso, sempre que você for colocado em uma situação desconfortável, o seu cérebro vai enviar estímulos para expressar o que Navarro chama de “comportamentos pacificadores”. Com isso, pode-se dizer que a linguagem corporal ajuda a entender a natureza humana, já que se você entende as situações que o deixam desconfortável, é possível buscar entender as razões que levam a isso.
E, uma vez que se entende e domina a linguagem corporal, é possível se comunicar de maneira mais assertiva e com bons resultados; por exemplo, se você consegue controlar seus sinais de nervosismo numa entrevista de emprego, transmitirá uma imagem de segurança e domínio para o recrutador.
Outro uso que esse conhecimento pode ter é para entender o comportamento de outras pessoas, como nas investigações policiais; ao analisar sinais que a linguagem verbal não traz, é possível saber se o acusado está mentindo ou não, por exemplo.
Gostou do conteúdo? Então, conte para gente nos comentários e não deixe de acompanhar as novidades no blog e compartilhar nas redes sociais.
Este artigo foi escrito por Éder Pessôa, criador de conteúdo do Soluções Industriais