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Ciclomobilidade: cidades brasileiras que investiram nessa proposta

Capitais de diversos pontos do país têm investido para melhorar a malha cicloviária.

Cada vez mais, as cidades brasileiras estão se preocupando em garantir um espaço seguro para a circulação de ciclistas. Nos últimos anos, vários municípios, sobretudo nas grandes cidades, procuraram investir na expansão da malha cicloviária, tornando a vida de quem opta pelas bicicletas para se locomover mais segura e atrativa para novos adeptos.

No texto abaixo, conheça um pouco mais sobre o que foi feito nessa área e quais são os desafios existentes para melhorar ainda mais esse cenário.

Capitais que investem em ciclomobilidade

Algumas das principais capitais brasileiras reforçaram os investimentos em ciclomobilidade, intensificados sobretudo nos últimos anos. Confira algumas delas abaixo.

São Paulo

A maior cidade do Brasil foi uma das primeiras cidades brasileiras a implantar ciclovias. Apesar de ainda ser caracterizada como uma megalópole rodoviária, ela conta com mais de 600 km de malha cicloviária, o que lhe dá o título de mais extensa da América Latina.

Brasília

A capital federal é mais uma que tem se esforçado para expandir a sua malha cicloviária nas últimas décadas. Hoje, ela conta com uma robusta malha cicloviária. Além do tamanho da malha, os ciclistas da capital se beneficiam por sua geografia plana e pelo fato de não chover na maior parte do ano, o que facilita o cultivo do hábito de pedalar.

Fortaleza

A capital do Ceará ampliou a extensão de suas ciclovias nos últimos anos. Entre 2012 e 2018, a malha cicloviária da cidade pulou de 73 km para 229,6 km, um aumento de 300% no espaço dedicado exclusivamente aos ciclistas, que podem pedalar com mais conforto e segurança.

Rio de Janeiro

O carioca pode ter o privilégio de ter um visual de tirar o fôlego enquanto pedala para o trabalho ou na volta da casa, acompanhando a orla da cidade. No total, são 458 km de ciclovias. A Cidade Maravilhosa, inclusive, foi a única brasileira a aparecer no relatório da The Copenhagenize Index em 2011 e 2013, ocupando o 18º e o 16º lugar, respectivamente.

Salvador

A capital da Bahia é mais uma que procura ampliar o espaço para os ciclistas, com ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas espalhadas em trechos da orla da cidade e nas principais avenidas da cidade. Com cerca de 218 km de malha cicloviária, esse fator tem colaborado para o surgimento de mais ciclistas na cidade.

Curitiba

A capital paranaense é uma das cidades brasileiras que mais agrada os ciclistas. Ela conta com uma boa quilometragem de ciclovias — cerca de 204 km —, número que impressiona para uma cidade com menos de dois milhões de habitantes, o que torna seu trânsito menos intenso. Até 2025, a prefeitura de Curitiba tem planos de expandir a malha cicloviária para 408 km, tornando-a ainda mais atrativa para os curitibanos.

Rio Branco

Segundo dados da Aliança Brasileiro do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), a capital do Acre é aquela que mais investe em malha cicloviária por habitante no país. Em 2018, ela tinha cerca de 107 km para os cerca de 413 mil habitantes, o que tornou o trânsito muito mais seguro para a população. A ampliação das ciclofaixas deve continuar nos próximos anos.

Desafios

Apesar da expansão da malha cicloviária nos últimos anos, ainda existem desafios para que a ciclomobilidade seja melhor implementada no país, já que isso não se resume à construção de ciclovias. Em 2018, foi instituído o Programa Bicicleta Brasil (PBB), com o objetivo de melhorar as condições da ciclomobilidade no país.

 

O plano inclui a implementação de um sistema de aluguel de bicicleta em terminais de transporte coletivos, com baixo custo. Também é planejada a implementação de bebedouros, banheiros e vestiários em locais estratégicos.

 

Há também planos para incentivar ações educativas sobre ciclomobilidade e uso das bicicletas integradas com o trânsito, penetrando as esferas municipais, estaduais e federal. No entanto, o PBB ainda não pode ser executado por não foi decidido quais fundos serão utilizados para a implementação do programa.